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Channel: Deficiência Física – Deficiente Ciente
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Rapaz sem membros desafia limites de doença com uma rotina agitada

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Portador da Síndrome de Hanhart, David Cesar faz faculdade e joga bola. ‘Minha energia é indomável’, diz o também palestrante de 25 anos.

'A superação vem da vontade de viver', diz David Cesar (Foto: Thaís Pimentel/G1)David Cesar, de 25 anos, trabalha, estuda e gosta de bater uma bolinha de vez em quando. Nas horas de folga, ele vai aos jogos do Atlético-MG, seu time do coração, e sai com os amigos. Não é raro ver David nas pistas de boates em Belo Horizonte. Já esteve “enrolado” com algumas garotas, mas, por enquanto, nada de namoro. “Tive uns relacionamentos aí, mas nenhum sério”, diz.

A vida do rapaz é igual a de qualquer outro jovem de 25 anos. A diferença é que ele é portador da Síndrome de Hanhart, uma doença rara que se caracteriza pela ausência completa ou de parte dos braços, pernas ou dedos.

“Eu só percebi que era deficiente físico quando estava na 4ª série. Um aluno que me perguntou: ‘Por que você é assim?’. Cheguei com esse dilema em casa, e minha mãe me disse: ‘David, vamos conversar?’. Foi aí que caiu a ficha”, conta o estudante. Segundo ele, a escola, coordenada por freiras, sempre optou pela inclusão e fazia um trabalho de orientação com as crianças.

Mas aceitar a síndrome não foi fácil. Aos 15 anos, David admite que chegou a se questionar e começou a pesquisar a doença a fundo. “Adolescência, né? Cheguei em um conflito. Será que eu seria capaz de ter uma namorada? Me perguntei: ‘O quê que eu tenho?’ Comecei a pesquisar, perguntei para o meu médico e ele disse: ‘Você tem Síndrome de Hanhart’. Pesquisei sobre a síndrome e descobri que, na época, só seis pessoas no mundo tinham isso. Eu olhei para o céu e disse: ‘Ô Deus, muito obrigado! Eu sou sortudo demais, viu'”(risos).

David consegue caminhar com apenas parte das pernas, mas ele também se locomove com a ajuda de uma cadeira de rodas motorizada. “Eu me viro. Vou de ônibus para o estágio e depois tem faculdade à noite. Meu dia é bem corrido”, disse. David está no 8º período do curso de direito e trabalha no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH).

“Primeiro dia de trabalho foi igual bater um pênalti. Quando dei de cara com a tela em stand by com a mensagem ‘para efetuar o login aperte crtl+alt+del’ foi aquele suspense. Eu aperto ctrl com o meu ‘toquinho’, o alt com a língua e o del com o nariz. Quando meu chefe viu aquilo ele disse: ‘Se consegue fazer o ctrl+alt+del, consegue fazer tudo'”, brinca o estudante. “Mas eu ainda não me encontrei como profissional”, desabafa David, que já chegou a trancar o curso de jornalismo. “Adoro rádio. Meu sonho era narrar jogos de futebol”, revela.

David pode não ter seguido a carreira nos estúdios, mas já se firmou como palestrante em Belo Horizonte e no interior. Há um ano, ele começou a falar sobre sua experiência em empresas, cursos e igrejas. “Já fiz mais de 50 palestras. Taí uma coisa que me dá prazer de fazer. É através desse trabalho que consigo bancar a faculdade”, explica.

Quem o encorajou foi o advogado Marcos Rossi, outro portador da Síndrome de Hanhart. Ele mora em São Paulo, é pai de dois filhos e ainda é surfista. Quem também inspirou David foi o australiano Nick Vujicic, autor de livros como “Uma Vida Sem Limites – Inspiração Para Uma Vida Absurdamente Boa”, “Superação” e “Indomável”. “Ele veio a Belo Horizonte no ano passado.

Assisti a palestra dele. Muito bacana”, conta David.

Independência

Atividades simples do cotidiano, como trocar de roupa, poderiam ser obstáculos para David. Porém, ele mesmo diz que não há nada que não consiga fazer. “Eu só preciso de ajuda na hora de fechar o zíper (risos)”. David consegue tirar o celular do bolso e atender ligações. Ele ainda nada e sai da piscina com facilidade.

Façanha mesmo é ser capaz de comer por conta própria. Com a ajuda do “toquinho”, David aproxima a colher do prato e a coloca na comida com a ajuda do queixo. Com o maxilar bem próximo, ele “arrasta” a colher com da parte do braço e consegue levar o alimento a boca sem ajuda de ninguém. “Antes eu amarrava a colher no ‘toquinho’, mas agora já consigo levar a comida na boca sem isso. Uso o maxilar e pronto. Agora estou aprendendo a comer de garfo (risos)”, explica. Destrancar a porta de casa também poderia parecer difícil, mas David conta que tira de letra. “Quase não fica gente no apartamento. Eu giro a chave com a boca e entro na boa”, conta.

David quer continuar investindo nas palestras e trabalhar em uma ONG no futuro. “A minha história não é de superação porque eu tenho ausência dos membros superiores e inferiores. Eu podia ter uma história de comodismo até. Mas eu acho que a superação, que a vontade de conquistar as coisas, vem da vontade de viver, e é o que eu passo. A minha energia é uma vontade indomável de achar o novo, buscar o que eu não vivi ainda”, diz David.

Síndrome de Hanhart

De acordo com o geneticista Sérgio Pena, a Síndrome de Hanhart (que ganhou este nome do cientista que passou a estudar a doença nos anos 50) é um distúrbio do desenvolvimento do feto. A síndrome não é causada por uma herança genética. Estudos indicam que problemas vasculares durante a gravidez estão ligados à doença, porém a medicina ainda não desvendou quais são os fatores que levam a essas alterações.

A mãe de David Cesar não teve nenhuma complicação deste tipo na gestação, mas enfrentou uma pneumonia. Porém, segundo estudos, isso não teria influencia na aparição da Síndrome de Hanhart.

Assista o vídeo: http://zip.net/bpqjv1

David Cesar, durante palestra no fim de 2013 (Foto: David Cesar/Arquivo pessoal)

Fonte: G1


Após tiro, modelo volta a ativa em cadeira de rodas e vai lançar agência

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Samantha Bullock, 36, começou a trabalhar como modelo aos 8 anos de idade. Aos 14, um acidente com arma de fogo fez com que ela ficasse paraplégica. Ela voltou às passarelas há cerca de dez anos e agora quer lançar agência no Brasil.

Veja abaixo seu depoimento:

Nunca pude botar a culpa em ninguém nem me colocar como vítima pelo meu acidente. Fui eu quem o causei.

Quando tinha 14 anos, descobri onde meu pai escondia uma arma, a peguei por curiosidade e disparei sem querer. Após o primeiro médico me examinar, ainda acordada, o ouvi dizer que a bala pegou minha medula e eu não voltaria a andar.

A modelo Samantha Bullock. Foto: © WheelieChix-Chic

A modelo Samantha Bullock. Foto: © WheelieChix-Chic

Um mês depois, recebi uma ligação de São Paulo me convidando para participar de uma campanha grande com desfiles no exterior. Foi o meu maior baque. Meu sonho até aquele momento era desfilar, ter uma carreira lá fora.

Se eu pudesse ir até o desfile na cadeira de rodas, andar alguns passos na passarela e depois sentar nela pelo resto do dia já estaria bem.

Fiz meu primeiro desfile aos 8 anos de idade. Sempre fui a menina mais alta da turma. Morávamos em Capão da Canoa (litoral norte do Rio Grande do Sul) e um dia o dono de uma loja de roupas para crianças perguntou para minha mãe se eu poderia participar de um desfile. Ela me deixou decidir e eu disse que sim. Aos 13 anos, já tinha uma carreira profissional.

Depois do acidente, não sabia que poderia voltar. Passei na faculdade de direito e me envolvi com política, trabalhando como assessora na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Fui morar em Brasília e o senador Paulo Paim (PT-RS) me chamou para trabalhar com ele. Na época, ele estava elaborando o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Nesse tempo, chegou para mim um pedido de verba para ajudar uma escola de tênis em cadeira de rodas de Brasília. Pensei: “Isso é a maior falcatrua do mundo”. Eu jogava tênis antes do meu acidente, mas não sabia que existia uma cadeira especial para o jogo e que era permitido que a bola quicasse duas vezes no chão.

Fui para a tal academia de tênis. Dali em diante, comecei a sair do trabalho todo o dia e ir jogar. Em pouco tempo, ganhei da número um do Brasil. Vi que tinha potencial.

Resolvi apostar nisso. Pedi demissão do meu trabalho, tranquei a faculdade e peguei o cartão de crédito do meu pai, sem ele saber, e marquei uma reunião com a Medley (empresa do setor farmacêutico). Consegui fechar um patrocínio com eles e comecei a me dedicar só ao tênis.

Conforme me destacava no esporte, surgiam outros patrocínios. Uma marca de cadeira de rodas pediu que fizesse fotos de divulgação para ela. Adorei desde a primeira vez que fiz.

No meu primeiro desfile com a cadeira, em Goiás, apareceu logo o primeiro desafio: um degrau na entrada da passarela. Mas não podia perder a chance, decidi que iria com dois modelos do meu lado, para me subirem.

O esporte me levou para fora do Brasil. Em um torneio na Suécia, conheci meu marido e decidimos morar em Londres há sete anos.

Logo que cheguei à Inglaterra procurei a VisAble, agência de modelos fundada há 20 anos e a única que naquela época percebia que havia um mercado de modelos com deficiência. Fiz propagandas para TV, apareci em séries e fui capa de revistas.

Trabalhamos há um ano juntos para lançarmos uma agência inclusiva para o Brasil. Vamos começar a buscar modelos com deficiência aqui a partir de 2015.

Existe um mercado com potencial de crescimento aqui. Sou embaixadora do projeto Fashion Inclusivo e dou aulas para pessoas com diferentes deficiências. Começamos com 15 crianças e agora temos mais de 50. Somos procurados por adultos de fora de Brasília.

Fonte: Jornal Floripa

Desrespeito e mal funcionamento de dispositivos de acessibilidade no transporte público

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Camila Lourenço Nascimento e Silas Bueno FernandesPor Camila Lourenço Nascimento e Silas Bueno Fernandes

Prezados boa tarde, no sábado ultimo dia 22/11/2014 por volta das 14:30 desembarquei com minha noiva que é cadeirante no Terminal Sp Trans Santo Amaro com destino a transferência para o metrô Estação Largo Treze e nos deparamos com o elevador em manutenção, na porta do mesmo só havia esse cartaz e mais nada, nenhuma informação sobre como poderíamos amenizar o transtorno e garantir nosso livre direito de ir e vir bem como a acessibilidade ao transporte público conforme nos é garantido por meio das Leis Federais 10.048/00 e 10.098/00, somente após ligar para o 08007707720(22/11/2014 14:37)é que conseguimos localizar os elevadores laterais no terminal para depois sairmos a calçada que por sinal encontra-se em péssimas condições, por fim descemos a rampa e só depois de 20 minutos que havíamos desembarcado no terminal é que conseguimos fazer a transferência.

Camila Lourenço Nascimento e Silas Bueno Fernandes

Relato que o transtorno não foi ter que seguir por um caminho alternativo, o real transtorno foi a falta de informação de tal caminho, a falta de funcionário para auxilio a localizar tal caminho seja da ‪#‎SPTrans‬, ‪#‎Socicam‬ ou do próprio ‪#‎Metro‬ que é o responsável pelo elevador citado acima.

Ao chegarmos a plataforma minha noiva ficou parada com a cadeira no local sinalizado na plataforma, porém este só serve de enfeite, visto que a porta de embarque preferencial no trem fica bem longe de tal marcação.

Camila Lourenço Nascimento e Silas Bueno Fernandes

Embarcamos na Estação Largo Treze com destino a transferência para a ‪#‎CPTM‬ na Estação Santo Amaro, lá chegando, mais transtornos, o aparelho interlocutor para chamada de auxilio na plataforma está só de enfeite, e mais uma vez só obtivemos atendimento por que eu liguei mais uma vez no 08007707720(22/11/2014 15:04) e somente após 20 minutos da ligação um funcionário apareceu e nos informou que tais aparelhos de ambas as plataformas não funcionam, seguimos para a descida da plataforma, ao chegar na escada rolante o funcionário desligou-a para que minha noiva pudesse embarcar, porém notei que a escada fixa possui uma plataforma elevatória e devido a cadeira motorizada de origem americana a qual possui motor baixo tornando a descida da mesma por escada rolante um tanto desconfortável, optamos por fazer a descida pela plataforma presente na escada fixa. Nesse momento o funcionário que veio nos auxiliar informou que tal equipamento demora e seria mais fácil e rápido a descida pela escada rolante, informei os motivos acima e o mesmo concordou e tentou reiniciar a escada rolante que apresentou defeito, ou seja minha noiva mesmo que quisesse não poderia descer por ela. o funcionário foi buscar os controles da plataforma e já se passavam 30 minutos que estávamos esperando para fazer uma simples transferência de linhas do transporte metropolitano, quando o retornou iniciou o processo de subida da plataforma a mesma parou no meio da escada. Acionamos o supervisor da estação e o mesmo nos sugeriu fazer a transferência através da saída ao Terminal SP Trans Guido Caloi, seguir pela ciclovia/passarela até chegarmos a estação Santo Amaro, nesse momento já estávamos a 65 minutos tentando fazer a transferência. Como o processo iria demorar muito ele nos deu outra sugestão:

– Seguirmos até a Estação Giovanni Gronchi fazer a transferência de plataforma e retornar a Estação Santo Amaro, nesse meio tempo eles iriam subir a plataforma móvel até o nível de embarque, assim o fizemos, chegamos a Estação Santo Amaro Plataforma sentido Adolpho Pinheiro, desembarcamos, minha noiva embarcou na plataforma levadiça e foi iniciado o processo de descida, conseguimos descer 2 lances escadas, ao dar sequência para descer o ultimo lance de escadas, o equipamento apresentou falha e minha noiva ficou no mesmo cerca de 20 esperando uma solução. Os seguranças do Metro vieram auxiliar-nos e de cara já advertiram que o melhor processo é a descida pela escada rolante, o supervisor explicou todo o transtorno que já havia ocorrido e eu complementei:

Se existe tal equipamento e na visão de minha noiva e na minha, seria mais confortável para se locomover porque não usá-lo, agora se tal tranqueira está lá apenas para ocupar espaço e quando se precisa fazer uso do mesmo este apresenta falha, então por que manter essa porcaria?

Camila Lourenço Nascimento e Silas Bueno Fernandes

Após 25 minutos de espera, o funcionário retornou com uma manivela para acionar a plataforma de forma manual e proceder a descida e somente as 16:55 é que conseguimos fazer a transferência entre o trem e o metrô.

Agora eu pergunto a vocês:

ONDE ESTÁ O RESPEITO COM O PASSAGEIRO?

ONDE ESTÁ A PRIORIDADE NO ATENDIMENTO?

ONDE FOI PARAR O DETALHAMENTO DE INFORMAÇÃO DE EMBARQUE E DESEMBARQUE NAS DEPENDÊNCIAS DE ESTAÇÕES?

Todo o relato acima foi filmado e fotografado e medidas judiciais serão tomadas, visto que pagamos nossos impostos e pela constituição temos o direito de ir e vir sem nenhum impedimento, não tivemos uma apenas, foram vários, sem contar a exposição moral e o constrangimento que minha noiva passou ao ser impedida de descer a plataforma levadiça, visto que durante o tempo de espera ela foi motivo de gozação por parte dos passageiros que viam a situação e não entendiam o que estava ocorrendo.

Camila Lourenço Nascimento e Silas Bueno Fernandes

Em nenhum momento os funcionários nos faltaram com respeito, pelo contrário todos se empenharam ao máximo na medida das possibilidades em tentativas de amenizar tais transtornos, porém se minha noiva e eu demoramos cerca de 2 horas para fazer uma simples transferência que levaria no máximo 20 minutos, imagina um cadeirante que não possui acompanhante ou ou visual, como ele irá chamar auxilio sendo que os equipamentos disponíveis para tal fundamento estão apenas de enfeite?

Qualquer tentativa de retratação será nula ou minima em relação a todo o transtorno que nos foi gerado.

Como Conseguir Próteses e Aparelhos Ortopédicos Pelo INSS

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Você sabia que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é obrigado a fornecer perna mecânica, braço mecânico, cadeiras de rodas, muletas e outros tipos de próteses, órteses e demais aparelhos ortopédicos para os segurados e dependentes? A maioria desconhece o próprio direito. E o que é pior: a própria cúpula do INSS também. Isso não é novo e está na Lei nº 8.213/91, nos artigos 89 e 90, bem como no Decreto nº 3048/99. A Lei de Benefícios da Previdência Social e o Regulamento da Previdência Social preveem que o benefício é devido em caráter obrigatório, inclusive aos aposentados e para habilitá-los ou reabilitá-los não apenas profissionalmente, mas também socialmente.

Recentemente, a Justiça de Franca, no interior paulista, condenou o INSS a fornecer uma perna mecânica para um segurado do INSS, que sofreu um acidente de trabalho (veja a notícia). Muitos que ingressam na Justiça para obtenção de próteses ou órteses, ao invés de solicitarem ao INSS, pedem para o Sistema Único de Saúde (SUS), cuja rede rede pública é gerida pelo Município, Estado e/ou União.

Foto: © Matheus Tagé

Foto: © Matheus Tagé

Ressalta-se que além dos benefícios pagos em dinheiro, o INSS também é obrigado a prestar alguns tipos de serviços para os segurados e seus dependentes. Um desses serviços é a habilitação e a reabilitação profissional, que consiste numa espécie de (re) inserção profissional e social dos segurados e seus dependentes, vitimados por alguma lesão ou sequela. E dentro dessa linha de serviços está o fornecimento de próteses e órteses.

Abre-se um parêntese para diferenciar a prótese da órtese. A prótese substitui uma parte do corpo por uma peça artificial. Ex.: perna mecânica, braço mecânico etc. Segundo os dicionários, órtese é um apoio ou dispositivo externo aplicado ao corpo para modificar os aspectos funcionais ou estruturais do sistema neuromusculoesquelético para obtenção de alguma vantagem mecânica ou ortopédica. São aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não, destinados a alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo. São exemplos de órteses: muletas, andadores, cadeiras de rodas, palmilha ortopédica, tutores, joelheiras, coletes, munhequeiras etc. Observa-se, portanto, que a principal diferença entre uma órtese e uma prótese reside no fato da órtese não substituir o orgão ou membro incapacitado.

Quem Pode Requerer

Para pedir a prótese ou órtese ao INSS é necessário que a pessoa seja segurado, isto é, contribuinte da Previdência Social através do chamado “Regime Geral da Previdência Social” (RGPS) ou estar acobertado por ela, o que exclui os servidores públicos estatutários de qualquer esfera (municipal, estadual ou federal), tendo me vista que estes contribuem para os chamados “Regimes Próprios” da Previdência Social (RPPS), geridos em geral pelos respectivos órgãos. Os dependente de segurados do RGPS, bem como os aposentados e pensionistas também têm direito. Além disso, precisa comprovar mediante laudos e/ou relatórios médicos em perícia a necessidade da prótese/órtese.

Infelizmente, a solicitação não pode ser feita por agendamento eletrônico pelo PREVFone (discando 135) ou pelo site da Previdência Social, já que o sistema informatizado do INSS não dispõe dessa opção. Terá que ser feito pessoalmente nas agências. Todavia, embora o pedido possa ser realizado diretamente em qualquer agência do INSS, o cidadão vai se assustar, pois os órgãos diretores da Previdência desconhecem essa possibilidade. Certamente, isso só será possível através de uma ação na Justiça. Em caso de dúvidas, deve-se procurar a ajuda de um especialista.

Assista o vídeo: Representante no INSS explica como adquirir próteses de graça

Fonte: Portal GCN.Net | Via Tiago Faggioni Bachur (Colaboração de Fabrício Barcelos Vieira, advogados e professores de Direito Previdenciário).

Referência: Blog da Desenvolver

Crianças deficientes são indenizadas por falta de acessibilidade em show

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Luan SantanaTrês crianças com deficiência que não tiveram condições satisfatórias de acessibilidade e segurança em um show do cantor Luan Santana (foto) realizado em Juiz de Fora vão receber indenização por danos morais da produtora do evento. A decisão é da 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que fixou o valor da indenização em R$ 5 mil para cada criança, reformando sentença de primeira instância.

No caso, os menores, que têm paralisia cerebral desde o nascimento, pediram a seus pais para assistir ao show, que seria realizado no dia 28 de agosto de 2011 no parque de exposições de Juiz de Fora. A produtora do evento foi a empresa Stilus Locação de Equipamentos e Cabines Sanitárias, com sede em Volta Redonda (RJ).

No estande de vendas de ingresso, os pais foram informados de que haveria lugar destinado a pessoas portadoras de necessidades especiais em um camarote.

No parque de exposições, no entanto, verificaram que só havia escadas para acesso ao camarote, sendo que as crianças usam cadeiras de rodas. Sem saber onde ficariam, foram informados por um dos seguranças de que pouco antes do show seria disponibilizada uma área próxima ao palco, para onde então se dirigiram.

Entretanto, apesar de próximo, o local era baixo e não tinha visibilidade para o palco. Segundo contaram os pais, eles somente conseguiram ver caixas de som e tablados de madeira. Um dos deles relatou que teve que retirar a filha da cadeira de rodas e colocá-la nos ombros para que ela pudesse ver o cantor pelo menos um pouco.

Além disso, eles disseram que o local não tinha condições de segurança, dada a proximidade da explosão de fogos provocada pelos efeitos pirotécnicos do show, expondo as crianças e seus acompanhantes a perigo.

A produtora contestou, alegando que os pais das crianças distorceram os fatos. Segundo a empresa, o camarote do evento ficava em um local privilegiado e com visão perfeita do espetáculo, mas um dos representantes dos menores começou a criar tumulto, alegando que o local era distante e que queria ficar em frente ao palco. Atendendo ao pedido, a empresa disponibilizou a área próxima ao palco, informando, contudo, que não se tratava de local apropriado às crianças com deficiência.

A produtora também argumentou que os autores do processo, ao saírem do local reservado para eles no camarote e se dirigirem para a outra área, assumiram a responsabilidade pela sua escolha.

O juiz da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora negou o pedido de indenização, sob o entendimento de que não há provas de que os autores tenham sido prejudicados no evento.

Recurso

As crianças, representadas pelos pais, recorreram ao TJ-MG. Ao analisar o recurso, o relator, desembargador Wanderley Paiva, observou que foi provado através de depoimentos testemunhais que não havia rampas de acesso ao camarote onde estava reservado espaço para os deficientes.

A integridade física dos menores foi exposta a risco, concluiu Paiva, pois eles “foram colocados em uma ‘área de segurança’, local existente entre o público e o palco, próxima a caixas de som e equipamentos elétricos”.

Para o relator, a produtora desrespeitou as normas de segurança e acessibilidade destinadas às pessoas com deficiência, infringindo a Lei 10.098/10.

Assim, condenou a empresa ao pagamento de indenização por danos morais, fixando o valor em R$ 5 mil para cada menor. Os desembargadores Alexandre Santiago e Mariza de Melo Porto acompanharam o relator. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-MG.

Apelação 0181410-87.2012.8.13.0145

Fonte: Conjur

Artista deficiente de 24 anos pinta muito com os pés e a boca

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Por Gabriel Nanbu

Daniel Ferreira, 24 anos, é um cara que teve de aprender a superar expectativas desde o dia em que nasceu, sem os braços, em razão de um tratamento com talidomia que sua mãe teve de fazer durante a gravidez. “Alguns parentes não apostavam uma ficha em mim; me viam como coitadinho”, diz. Acontece que ele não colocou freios em ambição alguma, mandou muito bem na vida e, pintando com os pés e com a boca, tornou-se um artista plástico dos bons.

Daniel, que mora e trabalha na Zona Leste de São Paulo, ganha a vida vendendo seus quadros e emprestando obras para exposições (dá uma olhada na galeria de fotos acima). Ele também dá palestras, pratica natação e dirige seu carro adaptado pelo trânsito insano da capital.

Daniel Ferreira, pintor com a boca e os pés, em seu ateliê, na Zona Leste de São Paulo. Foto: Gabriel Quintão

Daniel Ferreira, pintor com a boca e os pés, em seu ateliê, na Zona Leste de São Paulo. Foto: Gabriel Quintão

Sobre o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado na última quarta-feira (3), ele opina: “Infelizmente, ainda precisamos ter dias especiais para lembrarmos das minorias, como os negros, os homossexuais e os deficientes. O Brasil não está preparado em nada para atender às necessidades dos deficientes. Não há acessibilidade. Nem escolas públicas nem privadas têm estrutura. Ainda temos muito pelo que lutar”.

O rapaz fala com propriedade sobre o assunto, já que teve de brigar muito para conseguir estudar em uma escola pública regular, a partir dos sete anos de idade. A diretora argumentava que a instituição estadual não tinha suporte para receber um aluno com necessidades especiais. O pai dele, Francisco, foi quem teve de construir uma carteira especial, sem ajuda do Estado, para que Daniel pudesse escrever com os pés.

Nas aulas de arte, o rapaz tomou gosto pelo desenho e pela pintura, adaptando o que aprendia para fazer com os pés. Aos 10 anos, fez seu primeiro quadro e, aos 17, foi aceito na organização internacional Associação dos Pintores com a Boca e os Pés, por meio da qual ele vende suas obras.

“Nós, deficientes, recebemos mais nãos do que a maioria das pessoas, mas temos de nos impor. Eu tenho sorte por ter uma família que me apoia com unhas e dentes, pessoas que sempre disseram, ‘Você tem de se expor’. A partir do momento em que você se mostra para a sociedade, está sujeito a olhares de dó, de nojo, de preconceito, de rejeição. No entanto, eu me imponho. Você sempre sabe que vai ser difícil e que você vai quebrar a cara, mas vale a pena”.

Fonte: Virgula

Cadeirante desabafa na internet após se arrastar para entrar em avião no PR

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Katya postou na internet a foto em que aparece sentada na escada da aeronave e fala sobre a dificuldade para embarcar (Foto: Reprodução / Internet)

Katya postou na internet a foto em que aparece sentada na escada da aeronave e fala sobre a dificuldade para embarcar (Foto: Reprodução / Internet)

Ela conta que teve dificuldade para embarcar por falta de equipamentos. Katya da Silva disse que relatou caso para que estrutura seja melhorada.

A cadeirante Katya Hemelrijk da Silva diz que precisou se arrastar pelas escadas de uma aeronave da GOL Linhas Aéreas Inteligentes para poder embarcar na manhã de segunda-feira (1º), quando seguia de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, para São Paulo. Segundo Katya, que é coordenadora de comunicação, o transtorno foi causado por falta de equipamentos adequados para o embarque de deficientes. O problema foi relatado em uma postagem na internet.

Portadora de Osteogenisis Imperfeita, doença conhecida como ‘Ossos de Vidro’, ela relatou que no momento do embarque a companhia não contava com uma stair trac ou uma ambulift – equipamentos utilizados para o transporte de deficientes até o interior dos aviões. “Só não foi pior porque a tripulação e os demais funcionários estavam tão indignados quanto nós e nos ajudaram no que foi preciso, inclusive a resgatar a mala que já estava despachada para que eu pegasse uma calça”, escreveu.

“O fato de ser carregada por qualquer pessoa, inclusive pelo meu marido em uma situação como essa (escada íngreme, com piso de alumínio e úmida devido ao sereno da madrugada), gera um risco que eu não estou disposta a correr”, afirmou ao explicar que a doença provoca fragilidade nos ossos. A subida sozinha, garante, foi a melhor opção encontrada já que “os movimentos estão sob meu controle e eu conheço meus limites”, completou.

O caso provocou polêmica e Katya fez uma nova postagem nesta terça (2) destacando que não pretende processar a companhia e que apenas queria chamar a atenção para que a estrutura para deficientes fosse melhorada. “Já conversei com a Cia Aérea GOL e disse que não tenho a mínima intenção em processar ou fazer nenhum tipo de sensacionalismo com a situação. Minha intenção é aproveitar o ocorrido para tentar ajudá-los a se estruturar melhor, frente às adversidades que podem aparecer em qualquer momento”, disse. “O que eu quero é que as pessoas tenham uma consciência e conhecimento maior sobre como lidar com pessoas com necessidades especiais, seja ela qual for.”

O G1 tentou contato com Katya, mas até a publicação desta matéria ela não havia retornado para comentar sobre o caso.

Melhorias

Em nota, a Gol diz lamentar o ocorrido e informou que o Stair Trac da base de Foz de Iguaçu não estava disponível para uso na manhã de segunda-feira e por isso não pôde ser utilizado durante o embarque do voo 1076. “A companhia tentou com as demais empresas conseguir o equipamento, o que também não foi possível, e ofereceu outras alternativas para a cliente, que optou por seguir sem a ajuda dos colaboradores da companhia”, destacou ao dizer ainda que “tomará as medidas necessárias para evitar que casos como este voltem a acontecer”.

Já a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pela administração do aeroporto de Foz do Iguaçu, observou que todas as obras feitas no terminal de passageiros recentemente foram executadas com base em requisitos de acessibilidade e que os procedimentos de embarque e desembarque de passageiros são de responsabilidade das empresas aéreas, podendo a Infraero oferecer suporte de infraestrutura quando necessário.”

A assessoria de imprensa da estatal adiantou ainda que a resolução 280/2013 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina que a partir de 2015 a administração dos aeroportos deverá oferecer o equipamento para embarque e desembarque de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. “No momento não há previsão de instalação de pontes de embarque no aeroporto de Foz do Iguaçu. Entretanto foi concluído o processo de aquisição de 15 ambulifts”, melhoria que deve atender também o terminal da fronteira.

Fonte: G1

Estudantes criam cadeira de rodas com rampas de acesso acopladas

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Cadeira de rodas com rampa acoplada promete dar mais autonomia a cadeirantes Foto:  Divulgação

Cadeira de rodas com rampa acoplada promete dar mais autonomia a cadeirantes
Foto: Divulgação

Alunos de universidade paulista desenvolvem projeto que dá mais autonomia a deficientes físicos. Inovação foi premiada

As dificuldades que cadeirantes enfrentam em ultrapassar obstáculos, como subir calçadas e degraus, por exemplo, podem estarcom seus dias contados. Um dia após ser comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira, surge no interior de São Paulo, uma cadeira com rampas elétricas acopladas. O protótipo foi desenvolvido pelos alunos Guilherme Serafim e Hotto Paiva Neto, do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, da Universidade de Franca (UNIFRAN), para o Projeto de Conclusão de Curso (TCC).

“Queríamos desenvolver um projeto que pudesse unir a mecatrônica com a área de acessibilidade, da medicina. Foi então que surgiu a ideia de se construir um protótipo utilizando uma cadeira de rodas”, explica o professor do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da UNIFRAN, Ricardo David, orientador do trabalho, que contou também com a coorientação dos professores Antônio Marangoni e André Curvello.

O trabalho foi produzido em 10 meses contínuos. Até o momento, não houve testes com pessoas deficientes e as avaliações estão previstas para iniciar em fevereiro de 2015. Com este modelo de cadeira de rodas, se torna mais fácil o deslocamento do deficiente físico em locais rotineiros como bancos, supermercados e outros estabelecimentos onde não há rampas de acesso. “A ideia é dar autonomia aos usuários no momento em que acessam calçadas públicas”, argumenta o professor.

Este trabalho conquistou um prêmio de R$4.000,00 no 1° Prêmio de Tecnologia e Inovação da Associação do Comércio e Indústria de Franca (ACIF). “Com a premiação que pretendemos investir mais na cadeira, aprimorando e melhorando o que precisa ser mudado para que o projeto não fique somente no protótipo e se torne um produto viável para fabricação industrial” afirmam os alunos. Já há uma empresa interessada em viabilizar o modelo para o mercado.

Segundo o coordenador do curso, Henrique José da Silva, o apoio dos professores, alunos e do Polo Francano de Tecnologia e Inovação, foi fundamental para conquistar o prêmio. “A ideia do prêmio cria oportunidades de continuidade e aplicabilidade real para os projetos desenvolvidos na  Universidade”, finaliza Silva.

Fonte: http://odia.ig.com.br/


Tradição indígena faz pais tirarem a vida de crianças com deficiência física

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Infanticídio infantilA prática acontece em pelos menos 13 etnias indígenas do Brasil.Uma tradição comum antes mesmo de o homem branco chegar ao país.

Um assunto da maior importância: o direito à vida. Você acha certo matar crianças recém-nascidos por causa de alguma deficiência física?

Pois saiba que isso acontece no Brasil e não é crime. A Constituição, nossa lei maior, assegura a grupos indígenas o direito à prática do infanticídio, o assassinato de bebês que nascem com algum problema grave de saúde.

Para os índios, isso é um gesto de amor, uma forma de proteger o recém-nascido, mas tem gente que discorda.

Um projeto de lei que pretende erradicar o infanticídio já foi aprovado em duas comissões na Câmara Federal e agora vai para votação no plenário.

Do outro lado, os antropólogos defendem a não interferência na cultura dos índios. Os repórteres do Fantástico foram investigar essa questão sobre a qual pouco se fala. E descobriram que a morte desses recém-nascidos mudou para pior o mapa da violência no Brasil.

A cidade mais violenta do Brasil fica no interior do estado de Roraima. Chama-se Caracaraí e tem só 19 mil habitantes.

De acordo com o último Mapa da Violência, do Ministério da Justiça, em um ano, 42 pessoas foram assassinadas por lá. Entre elas, 37 índios, todos recém-nascidos, mortos pelas próprias mães, pouco depois do primeiro choro.

A partir de uma porteira, o Fantástico entrou na terra dos ianomâmis, uma área de 9,6 milhões de hectares, maior do que Portugal. Lá, vivem 25 mil índios em 300 aldeias numa floresta inteiramente preservada.

O filho de uma mulher ianomâmi vai fazer parte da próxima estatística de crianças mortas logo após o nascimento. Há duas semanas, ela começou a sentir as dores do parto, entrou na floresta sozinha e horas depois saiu de lá sem a barriga de grávida e sem a criança.

Os agentes de saúde que trabalham lá disseram, sem gravar, que naquela noite aconteceu mais um homicídio infantil, o infanticídio.

O infanticídio indígena é um ato sem testemunha. As mulheres vão sozinhas para a floresta. Lá, depois do parto, examinam a criança. Se ela tiver alguma deficiência, a mãe volta sozinha para a aldeia.

A prática acontece em pelos menos 13 etnias indígenas do Brasil, principalmente nas tribos isoladas, como os suruwahas, ianomâmis e kamaiurás. Cada etnia tem uma crença que leva a mãe a matar o bebê recém-nascido.

Criança com deficiência física, gêmeos, filho de mãe solteira ou fruto de adultério podem ser vistos como amaldiçoados dependendo da tribo e acabam sendo envenenados, enterrados ou abandonados na selva. Uma tradição comum antes mesmo de o homem branco chegar por lá, mas que fica geralmente escondida no meio da floresta.

O tema infanticídio ressurge agora por ter se destacado no Mapa da Violência 2014, elaborado com os dados de dois anos atrás.
O autor do levantamento feito para o Ministério da Justiça, o pesquisador Júlio Jacobo, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, não tinha ideia da prática.

“E aí, então, comecei a pesquisar efetivamente com as certidões de óbito. Registravam que crianças de cor ou raça indígena, de 0 a 6 dias de idade. E começamos a ver que realmente era uma cultura indígena meio não falada, meio oculta”, diz o pesquisador.

O secretário de Segurança Pública de Roraima, Amadeu Soares, explica por que o seu estado aparece, pela primeira vez, entre os mais violentos do Brasil.

Fantástico: Por que no ano de 2012 teve essa evolução, esse número tão grande?

Amadeu Soares: Porque foi o ano que a Secretaria Especial começou a fazer o trabalho de registro desses infanticídios.

E foi assim que Caracaraí, no interior de Roraima, se transformou no município mais violento do Brasil. São 210 homicídios para cada 100 mil habitantes. A média nacional é 29 homicídios para cada 100 mil habitantes.

Pituko Waiãpi é um sobrevivente. Ele nasceu há 37 anos numa aldeia waiapi, localizada no interior do Amapá. Tinha paralisia infantil e estava condenado ao sacrifício.

“A minha família não aceitava por causa da deficiência. Então, a Funai me tirou de lá”, conta.

O garoto cresceu entre os homens brancos e, aos sete anos, foi levado de volta para a tribo.

“Uma assistente social não entendia do costume da aldeia. Ela não sabia que ele não podia mais voltar e o mandou de volta”, conta Silvia Waiãpi, irmã de Pituko.

O garoto vivia carregado pela mãe, pai ou irmão mais velho.

“E aí um dia minha mãe cansou de me carregar e deu para o meu pai. Quando foi na hora de atravessar o rio, meu pai começou a ameaçar que eu não servia para nada, que eu merecia ser morto. A minha mãe escutou isso e gritou que não era para ele fazer isso comigo”, conta Pituko.

“A minha mãe o deu para um dentista e a única palavra que ele sabia falar em português era: ‘Embora. Embora. Embora’”, diz a irmã.

Ele só voltou a ver os pais quando tinha 21 anos.

“A minha mãe sentou do meu lado e disse: ‘Meu filho, tu lembra daquele tempo que aconteceu?’. Eu falei: ‘Lembro’. Aí ela perguntou: ‘Você tem raiva dele?’. ‘Eu, não. Eu gosto do meu pai’. Isso é cultura de vocês. Quem sabe vocês estavam fazendo o certo e eu não estava sofrendo mais”, conta Pituko.

“Como é que é carregar um deficiente físico nas costas sem cadeiras de rodas? No meio do mato?”, comenta a irmã de Pituko.

A irmã de Pituko explica: para o seu povo, o infanticídio não é um ato cruel.

“Era um ato de amor. Amor e desespero. Porque você não quer que um filho seu continue sofrendo. Você quer que ele sobreviva, mas não se não há como?”, diz ela.

“Não se pode atribuir a isso qualquer elemento de crueldade. Se uma pessoa começa já no nascimento conter deformações físicas ou incapacidades muito grandes, você vai ter sempre em si um marginal”, avalia o antropólogo João Pacheco.

Na visão do antropólogo, este garoto é um exemplo do que seria um marginal na comunidade indígena. Ele sofre de um problema neurológico.

“Essa criança nasceu, segundo informações, sem nenhum sinal de qualquer tipo de deficiência. Eles não rejeitaram ela, mas ao mesmo tempo ela não fica como as outras crianças. Fica mais escondidinha”, explica Tiago Pereira, enfermeiro da Secretaria deSaúde Indígena.

Por não ter percebido a deficiência, a mãe deu de mamar ao filho.

Esta é uma cena da maior importância na vida de um pequeno ianomâmi. Quando a mãe amamenta o filho, é como se tivesse dando a ele a certidão de nascimento, é que ele está sendo aceito por ela e pela comunidade.

Os índios acreditam que só durante esse ritual o bebê se torna um ser vivo e, graças a essa primeira mamada, Kanhu Rakai, filha de Tawarit, está viva hoje.
“Se tivesse anotado de pequeno, poderia estar enterrado”, afirma Tawarit Makaulaka Kamaiurá, pai de Kanhu Rakai.

Quando nasceu, a família, que faz parte da etnia kamayurá, não notou que Kanhu Rakai desenvolveria qualquer problema.
“Ela nasceu normal. Depois de cinco anos, ela começou a ir enfraquecendo mais”, conta Tawarit.

Kanhu Rakai tinha distrofia muscular progressiva, uma doença degenerativa que dificulta cada dia mais os movimentos da garota, e os pais se sentiam pressionados pela comunidade para matar a criança.

Fonte: Fantástico (G1)

Nos dias de hoje o infanticídio (prática que resulta na morte de crianças) ainda é uma realidade em algumas tribos indígenas. Esse assunto, por ser polêmico, é contestado, e em alguns casos, tratado como inverdade ou apenas casos isolados. Em outras situações, há pesquisadores que defendem que o infanticídio faça parte da cultura indígena e por isso deve ser mantido. O papel deste documentário não é fazer um julgamento de valor sobre as práticas nas culturas indígenas. QUEBRANDO O SILÊNCIO se propôs a escutar e a registrar as manifestações de indígenas que não querem mais praticar o infanticídio e, por isso desejam ser ouvidos e receber ajuda. No momento que o índio se manifesta, a sociedade tem a obrigação de interagir com ele e trazer soluções e alternativas para o infanticídio.

Dirigido pela jornalista indígena Sandra Terena, este documenário é resultado de mais de dois anos de entrevistas em diversas regiões do país, como o Alto Xingu, por exemplo. Por ter a direção de uma realizadora indígena, optou-se propositalmente em ouvir apenas os relatos de índios que sentiram na pele o sofrimento causado pelo infanticídio.

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Empresa brasileira cria equipamento que ajuda crianças com deficiência a andar

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O Anda Neném é um andador em forma de macacãozinho que foi desenvolvido para ser utilizado como um recurso terapêutico, para atender crianças prematuras, com paralisia cerebral, síndrome de down, mielomeningocele, hipotonias, distróficas musculares ou até mesmo somente para estimular as fases motoras.

A recomendação é que ele seja utilizado em crianças com tonicidade e força adequada para se sustentarem em pé, utilizando o macacão como um guia.

anda neném

Criado pela brasileira Cristiane Kawakami, a invenção é bem parecida com um outro equipamento, o Upsee, que foi desenvolvido por Debby Elnatan, mãe de uma criança com paralisia cerebral. Ele conecta a criança às pernas do adulto, fazendo com que seu corpo repita os movimentos da caminhada.

O Anda Neném custa R$ 75 e pode ser comprado neste link.

Fonte: Catraca Livre

Veja:

Cadeirante posa na praia e quer ser musa do topless no Rio

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Natache Iamayá

Natache frequenta blocos de carnaval na companhia da família e dos amigos. (Foto: Divulgação/ToplessinRio)

Natache Iamayá foi convidada para fazer ensaio sensual

Natache Iamayá não é o tipo de pessoa que se dobra às dificuldades. Aos 32 anos, a carioca convive com os efeitos da ataxia de Friedreich, uma doença neurodegenerativa que afeta os nervos e alguns órgãos. Mas isso não a impede de fazer nada do que tem vontade, mesmo com as limitações impostas pelo corpo. Cadeirante, ela é candidata ao concurso Nova Musa do Toplessaço — cujas inscrições terminam no próximo dia 15 — e foi a primeira a se inscrever para a competição.

Com a participação no evento, a jovem pretende mostrar que as pessoas com deficiência não devem ser tratadas com piedade e são capazes de muito mais do que todos costumam imaginar. “Eu malho e uso todos os aparelhos. Eu faço natação, eu vou à praia. Gosto de dormir na casa de amigas. Eu viajo e faço tudo. Coisas que as pessoas acham que eu não consigo”, disse ao site G1.

A independência de Natache chamou a atenção fotógrafo e artista plástico austríaco Alan Smithee e da organizadora do concurso, Ana Paula Nogueira. Ambos se ofereceram para fazer um ensaio sensual com Natache, que foi produzido na última sexta-feira (28), na Praia da Macumba, na Zona Oeste do Rio. “Curti ‘super’, mas fiquei com vergonha. Já tinha feito outros ensaios, outros trabalhos, mas nunca sensual”, disse Natache.

Natache Iamayá

“Eu achei que ela precisava de um olhar mais artístico e contatei alguns fotógrafos com quem eu trabalhei e achei que o Alan, que faz fotos ligadas a artes plásticas, teria o olhar que eu queria”, explicou Ana.

Frequentadora das areias do Recreio

Fã de praia, ela costuma frequentar a orla do Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, bairro em que mora. Lá, ela bate ponto todo fim de semana. Definido como “o lugar que mais ama no mundo”, ela foge do perfil contemplativo. “Eu costumo ficar na areia e, quando tem alguém para entrar comigo, eu vou para o mar”.

Natache também costuma frequentar o calçadão durante a semana, para encontrar os amigos nos quiosques e jogar conversa fora.

Filha de uma família com mais três irmãos, Natache foi obrigada a trancar o curso de direito há cinco anos por causa dos efeitos da doença, para tratar da saúde. “Era uma época que eu tinha muita dificuldade de andar sozinha. Foi quando comecei a andar de cadeira de rodas. Parei porque estava difícil conciliar. A doença traz uma debilidade de energia”.

A relação com os pais é boa, segundo ela, apesar da dificuldade em acompanhar o ritmo de Natache: ela gosta de ir para a rua, eles são mais caseiros.

Os cuidados com a saúde incluem uma rotina de muitas atividades para estimular o corpo: musculação, pilates, estimulação russa, tratamento fonoaudiológico e psicológico. Os encontros com um psicólogo acontecem somente há um mês, para ajudar a sair de um estado depressivo. “Eu acho que estou bem hoje, porque eu fiquei mal por um tempo. Eu ainda me sinto mal em alguns momentos. A análise é para cuidar da autoestima e do emocional mesmo”.

Com uma vida social agitada, Natache gosta de se divertir com os amigos em festas e não tem medo de aglomeração. “Eu adoro carnaval. Eu gosto de tudo que é festa. E as pessoas acham um absurdo ir em lugares com aglomeração. Mas eu sempre conto com os meus amigos e a minha família. Eu não seria ninguém sem eles”.

Perguntada sobre a vida afetiva, a candidata afirma que tem alguns relacionamentos. “Tenho namorados, mas nada sério. Estou à procura. A vida está aí para ser vivida. Afinal de contas, por que não?”

Fonte: G1

Projeto pede US$ 30 mil para smartphone para tetraplégicos

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Um projeto no Indiegogo está pedindo US$ 30 mil para ajudar tetraplégicos a usarem smartphones. Trata-se do Sesame Phone, um Nexus 5 personalizado que usa o reconhecimento facial dos usuários para poder controlar o celular.

smartphone-tetraplegicos

Foto: Reprodução

O nome vem do famoso bordão “abra-te, sésamo” que é, por sinal, o mesmo comando usado para desbloquear o smartphone. Após falar “Open Sesame”, o usuário deve esperar o celular reconhecer seu rosto pela câmera frontal e, então, movimentar a cabeça para o mesmo lado que deseja movimentar um cursor. Se ele ficar com a cabeça estabilizada, um menu com diversas opções como “abrir”, “compartilhar”, “selecionar” é exibido. Com isso, é possível fazer chamadas, enviar mensagens, entrar em redes sociais e até mesmo jogar games como Angry Birds e Candy Crush.

Criado pelo israelense Oded Ben-Dov, o Sesame Phone pode ajudar não só pessoas pessoas tetraplégicas, mas também com outras paralisias. Para isso, Dov contou à Wired que já está trabalhando em adaptações para usuários como os portadores do ELA (esclerose lateral amiotrófica), doença em que a pessoa possui somente os movimentos dos olhos.

Além da campanha de crowfunding, Dov está firmando parcerias com fabricantes de smartphones para integrar o sistema em modelos já existentes e também está incentivando a sua adoção em aplicações. Para isso, um kit SDK para desenvolvedores foi lançado.

Atualmente, o Sesame Phone tem custo de US$ 900 (cerca de R$ 2,3 mil), entretanto, Ben espera diminuir o valor no futuro. A boa notícia é que o usuário pode pagar US$ 450 até 11 de dezembro e pagar os outros US$ 450 somente em abril, quando o smartphone será entregue. A taxa de entrega é US$ 50 para lugares fora do Canadá e Estados Unidos.

A pessoa que desejar contribuir com o projeto pode ainda doar valores entre US$ 1 e US$ 25 mil. Até o fechamento desta nota, mais de US$ 11 mil já haviam sido levantados.

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Fonte: Olhar Digital

Orientações para pessoas com lesão medular: baixe sua cartilha!

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Cartilha de orientações para pessoas com lesão medular.

Cartilha de orientações para pessoas com lesão medular.

A cartilha de orientações para pessoas com lesão medular aborda questões nutricionais, dicas de posicionamentos, informações sobre tecnologia assistiva e exercícios para se fazer em casa por indivíduos com lesão na medula espinhal que utilizam cadeira de rodas e querem incorporar atividade física regular na sua rotina diária.

O material foi organizado pelo Instituto Mara Gabrilli e pode ser baixado gratuitamente!

Quer o seu? clica aqui!

Fonte: Reab.me

Senado aprova pensão vitalícia para Laís Souza

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O Senado aprovou nesta quarta-feira, em votação simbólica, o projeto de lei da Câmara (PLC) 81/2014 (ou PL 7657/2014, na Casa de origem), que prevê a concessão de pensão especial vitalícia à ex-ginasta e ex-esquiadora Lais Souza. A atleta ficou tetraplégica ao sofrer acidente em treino de esqui aéreo no começo do ano. O projeto segue agora para sanção presidencial.

Ex-ginasta receberá benefício de R$ 4.390,24 Foto: Daniel Ramalho/AGIF / Gazeta Press

Qual sua opinião sobre esse assunto? (Blog Deficiente Ciente)

O valor do benefício mensal equivale a R$ 4.390,24, limite máximo para esse tipo de auxílio, segundo o Regime Geral de Previdência Social. A despesa vai ser lançada no programa orçamentário “Indenizações e Pensões Especiais” de responsabilidade da União. A pensão não será repassada aos herdeiros da beneficiária.

Em sua justificativa, a autora do projeto, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), argumenta que Lais Souza os motivos que a levaram a apresentar o projeto.

“Lais construiu uma carreira baseada na garra, na perseverança e no sucesso”, disse a deputada

Aos 12 anos de idade, já integrava a Seleção Brasileira de Ginástica Olímpica. Aos 15, representou o Brasil nas Olimpíadas de Atenas, em 2004. No ano seguinte, alcançou seu mais expressivo resultado ao conquistar a medalha de ouro na Copa do Mundo de Cottbus e Sttutgart, na Alemanha.

Com essa trajetória de sucesso, a Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN) convidou Lais e a atleta Josi Santos a conhecerem o esqui aéreo, em maio de 2013. Após obterem classificação para essa modalidade nos Jogos Olímpicos de Inverno de fevereiro de 2014 – realizados em Sóchi, na Rússia –, as atletas seguiram um rigoroso treinamento em Salt Lake City, nos Estados Unidos.

Em janeiro de 2014, ocorreu o acidente com Lais, que fraturou a terceira vértebra, com lesão medular definitiva. Houve comprometimento das funções motora, sensitiva e autonômica. Assim, a atleta perdeu movimentos, sensibilidade e controle de todos os órgãos abaixo do pescoço.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) iniciou, então, uma campanha para obter contribuições em benefício do tratamento da atleta. No momento do acidente, Lais não participava de nenhuma delegação do COB, eliminatória ou classificatória para os Jogos Olímpicos, e o seguro de vida ou invalidez contratado pela instituição cobre apenas os atletas em missões como os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno, os Jogos Olímpicos da Juventude, os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Sul-Americanos.

Mesmo assim, o COB assumiu diversas ações, desde o momento do acidente de Lais, para custear o tratamento da atleta.

O relator da proposta na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), senador Eduardo Suplicy (PT-SP), explicou que o valor fixado para a pensão segue a mesma regra aplicável aos auxílios especiais mensais concedidos aos campeões de futebol das Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970, conforme a Lei Geral da Copa (Lei 12.663/2012).

Fonte: Portal Terra

Estudante cria dispositivos para cadeirantes e expõe projeto em Las Vegas

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Flávio dos Santos Ferreira Junior criou dispositivos que ajudam os cadeirantes a realizarem tarefas corriqueiras e foi convidado pela Autodesk a expor o projeto nos EUA

Por Diego Lazzaris Borges

LAS VEGAS * – Subir alguns degraus de escada para entrar em um prédio ou transpor uma simples calçada são tarefas comuns para a maioria das pessoas. Mas o que muita gente faz sem a menor dificuldade pode ser um desafio para quem possui necessidades especiais. Pensando nisso, o estudante de engenharia mecânica Flávio dos Santos Ferreira Junior, de 23 anos, criou dispositivos que ajudam os cadeirantes a realizarem atividades corriqueiras e  foi reconhecido com prêmios em concursos promovidos pela empresa de software Autodesk. Ferreira utiliza o programa Inventor, disponibilizado gratuitamente pela Autodesk para estudantes de todo o mundo.

“Tudo começa com o software. Com ele eu consigo ‘soltar’ minhas ideias e modelar todo o projeto. Posso fazer simulações, identificar problemas e saber se vai funcionar ou não. Sem isso minhas ideias jamais sairiam do papel”, disse ao InfoMoney durante o evento Autodesk University 2014, realizado em Las Vegas.

Uma das suas invenções é um sistema que auxilia os cadeirantes a subirem rampas de acesso muito inclinadas. O dispositivo é formado por uma espécie de trilho fixado na parede, que leva um módulo com um braço articulado. Impulsionado por um motor elétrico e preso à cadeira de rodas por um cinto, o módulo corre pelo trilho rumo ao topo da rampa, sem que o cadeirante precise fazer força ou pedir ajuda (ver sequência de imagens ilustrativas abaixo).

Flávio dos Santos Ferreira Junior, de 23 anos, durante o AU Vegas 2014 (Arquivo Pessoal)

Flávio dos Santos Ferreira Junior, de 23 anos, durante o AU Vegas 2014 (Arquivo Pessoal)

“Eu identifiquei este problema na minha universidade. O prédio tem rampas de acesso, mas o ângulo é muito inclinado. O cadeirante não consegue subir sem auxílio, porque precisa fazer muita força e ainda corre o risco de tombar. Então pensei: ‘tenho conhecimento de software e engenharia. Vou desenvolver uma solução para este problema”, afirma Ferreira.

Por conta do projeto inovador, ele foi reconhecido pela Autodesk e convidado a expor o projeto no AU Vegas 2014. O evento reuniu cerca de 10 mil pessoas de todos os cantos do mundo durante quatro dias, no início de dezembro. “Foi feita uma impressão 3D do sistema. Assim consigo mostrar para outras pessoas para vender a ideia”, diz o jovem.

Veja nas ilustrações como funciona o sistema criado por Ferreira:

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

Segunda vez na cidade

O estudante já é veterano do Autodesk University. No ano passado ele também foi convidado a participar do congresso como reconhecimento por outro projeto de acessibilidade que desenvolveu em parceria com o colega de classe Giovanni Ferreira e o orientador Carlos Menezes, na Universidade Braz Cubas, onde estuda. O sistema ajuda cadeirantes a subirem em calçadas que não têm guias rebaixadas e venceu em 2013 o concurso “Desenhe o Futuro”, patrocinado pela Autodesk.

“Este é um dispositivo que você acopla à cadeira de rodas e o cadeirante consegue subir a calçada. Muitas vezes não existe rampa, ou ela está bloqueada por um veículo ou uma lixeira, por exemplo. Então o dispositivo articula, forma uma rampa e a pessoa consegue subir”, explica (ver ilustração abaixo).

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

Ilustração de como funciona o sistema criado por Ferreira.

O jovem afirma que deu entrada no pedido de patente no ano passado. “Quando soube que viria para o congresso da Autodesk em Las Vegas eu mesmo inscrevi [a patente], porque se fosse pagar seria muito caro. Agora estou esperando, acompanhando semanalmente para ver se sai alguma publicação da patente”, conta.

A inspiração para projetos que envolvem acessibilidade, segundo ele, veio da vontade de ajudar as pessoas e retribuir a sociedade. Antes de cursar engenharia na Braz Cubas, Ferreira já tinha estudado na Fatec, uma faculdade pública. “Foi ali que comecei a me interessar por projetos na área. Fui convidado por um orientador tinha essa linha de pesquisa e gostei. Pensei que poderia retribuir de alguma forma por estudar em uma universidade pública. Além disso, percebi que existe um mercado grande a ser explorado no Brasil”, afirma.

Outro projeto do estudante foi vencedor do programa “Desenhe o Futuro” de 2014. Desta vez ele e a equipe desenvolveram uma barraca de fácil montagem que utiliza o sistema telescópico na armação. O abrigo pode ser usado em casos de catástrofes como terremotos, em que muitas pessoas precisam sair de suas casas por segurança. Como prêmio, Ferreira vai a Xangai, na China, expor a invenção.

Software gratuito

A Autodesk desenvolve softwares voltados principalmente para arquitetura, construção e entretenimento. Seu software de design é disponibilizado sem custos para estudantes, instrutores e instituições acadêmicas em todo o mundo. O CEO da empresa, Carl Bass, comentou a iniciativa.

“A forma como fazemos as coisas está mudando rapidamente e nós precisamos de uma força de trabalho pronta para projetar novas técnicas de manufatura e de construção. Ao fornecer ferramentas profissionais de design gratuitas para estudantes, docentes e instituições acadêmicas em todo o mundo, estamos ajudando a indústria a se preparar para uma próxima fase que está para vir”, disse Bass, no evento em Las Vegas.

De acordo com a Autodesk, esse novo modelo de negócio permite que mais de 680 milhões de estudantes e educadores de mais de 800.000 escolas secundárias e pós-secundárias em 188 países tenham acesso gratuito ao software profissional da Autodesk, além de serviços para uso em salas de aula, laboratórios e em casa.

* O Jornalista viajou a Las Vegas a convite da Autodesk.

Fonte: InfoMoney


Cadeirantes brasileiras contam em blogs como é a vida no exterior

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Países desenvolvidos oferecem mais acessibilidade para deficientes. Brasil ainda está muito atrás de países como Estados Unidos e Canadá.

Matéria extraída do site do Fantástico

Quase 46 milhões de brasileiros têm alguma deficiência física. Por aqui, a vida deles pode ser cheia de obstáculos, mas, em alguns países, as cidades estão cada vez mais acessíveis.

Quantas vezes você viu um cadeirante circulando pelas ruas brasileiras sozinho, sem precisar da ajuda de ninguém? Totalmente independente? E quantas vezes você entrou em um restaurante, e foi atendido por um garçom surdo e mudo?

Quanto mais um país é desenvolvido, mais condições ele oferece para uma pessoa com deficiência levar uma vida normal. E é por isso que nos Estados Unidos, em países da Europa e também no Canadá, é muito mais comum ver pelas ruas pessoas com necessidades especiais do que no Brasil.

É a situação de três brasileiras: Regina é arquiteta, Michele é estilista, e Mila, publicitária.

Michele Simões: Nas ruas do Brasil, pelo menos de São Paulo, eu não consigo andar sozinha.
Fantástico: Nunca?
Michele Simões: Não.

Mila Guedes: No Brasil as calçadas são cheias de buracos, são irregulares, tem degraus. É impossível eu andar. Lá, eu sempre dependo de outras pessoas para me conduzir.
Regina Cohen: Eu gosto à beça de fazer compras no supermercado, de ir na farmácia, de olhar as coisas. Todas as lojas têm degrau.
Mila Guedes: E o provador? É impossível! Aqui você tem provador para quem tem deficiência.

Vítimas da falta de acessibilidade nas cidades brasileiras, Mila e Michele saíram do Brasil para experimentar um pouco da vida onde os deficientes são mais respeitados. Elas são blogueiras, e querem passar a experiência para frente. Incentivar outros cadeirantes a viajar.

“Para a minha surpresa muitos deficientes querem viajar, e muitos deficientes têm os mesmos medos que eu tinha, as mesmas dúvidas”, conta Michele. Esta é a primeira vez que ela viaja sozinha, sem companhia de ninguém. Só ela e sua cadeira. Foi para Montreal, no Canadá. Hospedou-se em um apartamento com portas e banheiro acessíveis para cadeirantes e experimentou uma liberdade única na sua vida.  “Se o lugar não é deficiente, eu não me sinto deficiente”, explica.

Pequenos detalhes, grandes diferenças. “Existe o botãozinho mágico. Você tá no banco, você aperta e a porta já abre, e você consegue entrar, e não fica passando aperto para conseguir abrir ou fechar a porta”, diz Michele. E o botão ‘mágico’, está na porta de escolas, shoppings e edifícios.

Fantástico: Se você estivesse no Brasil, como seria?
Michele: Eu tenho ou que usar a própria cadeira, eu vou empurrando a porta.
Fantástico: Mas bate na sua perna?
Michele: Bate, não tem jeito. Ou pedir ajuda para alguém, né. A melhor parte é quando você não precisa pedir ajuda, porque aí você volta a se sentir segura. Nossa, eu posso ir para qualquer lugar.

Se na entrada do prédio tem escadas, ao lado tem um elevador para cadeirantes. E, nas esquinas, as calçadas são rebaixadas para dar acesso a qualquer tipo de cadeiras de rodas. Em Montreal, Michele pode fazer passeios de turista. Ir a um museu, por exemplo. Coisas a que um cadeirante nem sempre tem acesso no Brasil.

A arquiteta Regina veio participar de um congresso mundial sobre turismo acessível. Apresentou um projeto interessante: a praia para cadeirantes. Um espaço criado para a cadeira andar sobre a areia. E criticou a falta de acesso aos pontos turísticos do país, no ano que antecede os jogos paralímpicos de 2016. “Cristo redentor, ponto turístico importante da cidade do Rio de Janeiro. Por que colocaram uma escada rolante, que custou caríssimo? Porque não colocaram um elevador? Escada rolante para cadeira de rodas não é bom. A cidade tem que ser universal, para todos”, afirma.

Você entra em um restaurante e os garçons se comunicam com os clientes na linguagem dos sinais: são todos surdos e mudos. No cardápio, os clientes aprendem os sinais para pedir os seus pratos. Depois de dar uma rápida estudada, resolvemos tentar.

Renata Ceribelli: “Eu quero uma salada verde, com frango, ok?”. Eu confesso que eu fico envergonhada de saber tão pouco sobre a linguagem dos sinais, mas a ideia do restaurante é justamente essa: você vir até aqui, e aprender a se comunicar com eles.

A condição deles não parece ser uma barreira. Pelo contrário. O restaurante está cheio. “É excelente, interativo, uma experiência fenomenal”, elogia um cliente.

Perguntamos para um outro cliente se ele vai se comunicar mais facilmente com surdos e mudos depois dessa experiência. “Sim”, ele responde na linguagem de sinais.

“Tenho amigos que são surdos e eu nunca tentava falar com eles em sinal, eu sempre mandava mensagem escrita no celular e era assim que a gente conversava. Acho que agora quando eu encontrar com eles, vou pelo menos tentar falar por sinal. Ter menos vergonha de tentar”, comenta um brasileiro, também cliente do restaurante.

Veja o vídeo da matéria

Fonte: G1 / Fantástico

Santos reduz jornada de servidor que cuida de pessoa com deficiência fora do trabalho

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Responsabilidade e necessidade de assistência precisam ser comprovadas por laudo médico. Benefício é válido para quem cuida de pessoas com deficiência temporária ou permanente.

Por Luiz Alexandre Souza Ventura

Servidores municipais responsáveis por pessoas com deficiência fora do trabalho podem ter a jornada reduzida em Santos, no litoral sul de São Paulo. O projeto de lei 872/2014 (íntegra abaixo), que regulamenta o benefício, iniciativa do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), foi aprovado pela Câmara Municipal no último dia 12/12/2014, sancionado 30/12/14, e publicado no Diário Oficial da cidade (página 5) no dia 31/12/2014.

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A carga diária de trabalho será reduzida em até duas horas. Remuneração e carreira do funcionário não serão afetados. Tem direito o servidor com cargo efetivo (concursado) e carga semanal de até 40 horas. O benefício não é válido para cargos em comissão ou função gratificada (chefia). O pedido deve ser feito ao titular ou dirigente máximo do órgão onde o servidor trabalha, com apresentação de laudo médico que ateste assistência direta do requerente à pessoa com deficiência.

“Se um parente, filho ou cônjuge quebrar uma perna, por exemplo, e precisar de cuidados durante um determinado tempo, o servidor também pode requerer o benefício. É válido para quem é responsável por pessoas com deficiência temporária ou permanente. Responsabilidade e dependência precisam ser comprovadas e serão avaliadas por uma equipe composta por médicos, psicólogos e assistentes sociais”, explica Carlos Alberto Ferreira Mota, secretário de Defesa da Cidadania. De acordo com o secretário, o benefício foi criado com base em meses de estudos.

Durante o período de redução da carga horária, o servidor não poderá exercer outras atividades remuneradas, sob pena de interrupção do benefício.

→ Consulte a íntegra da lei ↓

 LEI COMPLEMENTAR Nº 872 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014

DISPÕE SOBRE REDUÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO DE SERVIDOR RESPONSÁVEL POR PESSOA DEFICIENTE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

PAULO ALEXANDRE BARBOSA, Prefeito Municipal de Santos, faço saber que a Câmara Municipal aprovou em sessão realizada em 12 de dezembro de 2014 e eu sanciono e promulgo a seguinte:

LEI COMPLEMENTAR Nº 872

Art. 1º Fica assegurado ao servidor público municipal, que tenha cônjuge, companheiro ou companheira, filho ou dependente, com deficiência, redução de jornada de até 02 (duas) horas diárias, sem prejuízo de vencimentos, desde que observados os seguintes requisitos:
I – ser titular de cargo efetivo;
II – cumprir jornada de 40 (quarenta) horas semanais;
III – não estar ocupando cargo em comissão ou função gratificada;
IV – comprovar a necessidade de acompanhamento da pessoa deficiente.

Art. 2º A deficiência e a necessidade de acompanhamento serão atestadas pelo Departamento de Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho.

Art. 3º Para os fins desta lei complementar, considera-se pessoa com deficiência as definidas no inciso I, parágrafo 1º do artigo 5º do Decreto Federal nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004.

Art. 4º O período de redução da jornada de trabalho será definido pela Secretaria em que o servidor estiver lotado, observada a conveniência do serviço.

Art. 5º O benefício será concedido pelo prazo de 01 (um) ano, podendo ser renovado sucessivamente por iguais períodos, a requerimento do servidor, desde que comprovada a manutenção de todos os requisitos exigidos no artigo 1º.

Art. 6º O benefício será automaticamente cancelado com o falecimento do deficiente ou sempre que faltar qualquer dos requisitos necessários à sua concessão.

Art. 7º Na hipótese de o benefício ser requerido por ambos os cônjuges ou companheiros, na qualidade de servidores públicos municipais, será deferido a apenas um deles.

Art. 8º O deferimento do benefício será da competência do Secretário Municipal de Gestão.

Art. 9º Esta lei complementar entra em vigor na data da publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei nº 2.299, de 14 de fevereiro de 2005.

Registre-se e publique-se.

Palácio “José Bonifácio”, em 30 de dezembro de 2014.

PAULO ALEXANDRE BARBOSA
Prefeito Municipal

Registrada no livro competente.

Departamento de Registro de Atos Oficiais do Gabinete do Prefeito Municipal, em 30 de dezembro de 2014.

SYLVIO ALARCON ESTRADA JUNIOR
Chefe do Departamento

Fonte: Blog Vencer Limites

Febre do stand up paddle ganha versão acessível ao cadeirante

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Esporte cada vez mais praticado no mundo, o stand up ganhou modelos com adaptação para deficientes que já estão sendo usados no Brasil.

Matéria extraída do site do Fantástico

Verão, muito calor e a água convidando pro mergulho. O stand up paddle, aquele parente próximo do surf, que é feito com uma prancha a remo, está cada vez mais popular e até mais acessível, inclusive para cadeirantes.

Cadeirante praticando stand up paddle.

Cadeirante praticando stand up paddle.

Guarujá. Foi no litoral de São Paulo que Taíu Bueno começou a surfar com 12 anos. Aos 20, foi morar no Havaí e virou profissional. Em 1984, foi campeão brasileiro. Depois disso, passou a competir nos circuitos mundiais, sempre se destacando nas grandes ondas. Em 1991, estava participando do circuito mundial e do brasileiro quando a queda em uma onda pequena, perto da areia, em Paúba – litoral Norte de São Paulo – mudou completamente seus planos. Taíu perdeu os movimentos do pescoço para baixo e passou 18 anos sem pegar onda. Desde 2010, voltou a surfar.

“Mas, que loucura! Eu não faço nada. Sento na prancha e tenho a mesma emoção que eu tinha antes. Eu estou nessa prancha e tenho o meu coração, minha emoção, minha alma. Minha alma está de novo deslizando. E, pô, deslizar é tudo né?”, explica Taíu.

Desde o acidente, no auge da carreira, Taíu não se conformava em ficar longe do mar.
“Eu chorava, eu falava ‘meu, olha aquela onda e o cara vacilou. Por que sou eu que estou aqui? Socorro!’”, conta o surfista.

Com muito apoio dos amigos, conseguiu adaptar uma prancha. Ela é grande para dar estabilidade. Tem um assento especial e precisa da ajuda de mais duas pessoas. “Eu fiquei muito empolgado. Fiquei muito pirado. Chorava. Falei ‘imagina as outras pessoas podendo passar por isso’”, relembra Taíu.

É o caso do publicitário Alexei Schenin, o Ksei, que veio surfar pela segunda vez na prancha do Taíu! “Você vai ouvindo, a onda vai chegando, o mar vai chegando, chegando. Rema, rema, rema. O coração vai batendo, batendo, batendo. Vai, vai, vai. Rema, rema, rema. Desce, aí é só alegria”, narra Alexei.

O acidente do publicitário foi em 2002. “Bebi demais e tinha uma moto. Álcool e direção não é legal. Acabei saindo da balada bem tarde, dormi no guidão da moto e sofri o acidente.” Ele ficou com movimentos limitados das pernas e das mãos. “Sempre gostei de surfar, Sempre gostei de fazer qualquer coisa que fosse radical. Surfava e hoje surfo. Não tem limite. O que é limite está na nossa cabeça”, garante Ksei.

E não é só no Guarujá que tem gente superando limites. O stand up, que é cada vez mais praticado no mundo inteiro, ganhou uma versão acessível ao cadeirante em Brasília, no Lago Paranoá. A ideia surgiu em janeiro de 2014. “A gente já tem um trabalho aqui nesse parque de preservação e de trazer o esporte pra comunidade. E o Gabriel apareceu como um anjo”, conta o educador físico Daniel Badke Lino.

Gabriel Duarte de Souza, Relações Públicas, perdeu os movimentos da cintura para baixo em um acidente de carro em 2011. “Voltando de uma festa, dormi no volante, Capotei. Fiquei paraplégico. Minha vida era a noite só, nada de esportes”, conta. Até que Daniel fez o convite, que só foi aceito por Gabriel após alguma insistência.

Diferente do surf no Guarujá, a prancha é exatamente a mesma usada no stand up paddle convencional e a cadeira é a do próprio cadeirante. A adaptação fica só na forma de amarrar uma à outra. “Estudamos um jeito certo, um jeito que fique realmente presa. A gente amarra as rodas separadas para ter a certeza que ela não vá virar e a prancha ficar. Então, se virar a cadeira, vira tudo junto”, explica Daniel.

Ele garante que é seguro. Para isso, antes testa cada cadeira amarrada e, durante o stand up paddle, sempre tem um instrutor por perto.

Fantástico: E se a cadeira virar?
Daniel Badke Lino, educador físico: A gente vai vir para fazer o resgate na hora.

Fantástico: E qual a sensação quando você está no meio do lago, na sua cadeira, em cima da prancha?
Gabriel: Liberdade.

Depois de tanto ver, a repórter Flávia Cintra tentou também. Algumas instruções depois, já estava deslizando no Lago Paranoá.

“Quando a gente entra no lago e sai, a sensação é outra, de paz”, diz Gabriel. É o que sentem Taíu e Ksei quando saem das ondas lá no Guarujá. “Você deixa tudo que é ruim no mar, Você sai limpo, leve”, conta Ksei. “Faz um bem pra minha alma que você não tem noção!”

“Na verdade, o segredo é viver. Correr atrás das coisas, todo mundo faz isso. Depende do momento da pessoa. No meu caso, eu preciso fazer isso. Poxa, se eu posso fazer, mergulhar correr atrás, por que você não pode levantar do sofá e andar na praia?”, questiona Alexei.

Veja o vídeo da matéria

Fonte: G1 / Fantástico

Clipe retrata história de amor entre sertanejo e cadeirante

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Daniele Fernandes e Sávollo LopesImagine que você namora há um bom tempo, vocês se amam e está tudo perfeito na relação, quando um acidente faz com que você fique paraplégica e portando uma cadeira de rodas. No momento em que mais se precisa do companheiro, ele foge, te deixa de lado, abandonada. Uma música do cantor sertanejo Sávollo Lopes visa justamente dizimar o preconceito em relação ao relacionamento com portadores de deficiências físicas.

Para ilustrar o clipe com veracidade, a cadeirante Daniele Fernandes foi escolhida para participar. Daniele conta que logo após sofrer um acidente de carro e ficar paraplégica, foi abandonada pelo noivo. “Ele dirigia o carro, estávamos alcoolizados, ele só teve arranhões no braço, eu fiquei 22 dias em coma, e sofri 25 cirurgias, foram quatros anos entre idas e vindas do hospital, entre a vida e morte”, explicou a jovem.

Além de mostrar o drama vivido por Daniele, a música de Sávollo Lopes quer evidenciar as diferentes maneiras de amar. No clipe, o cantor se apaixona por sua melhor amiga, que é cadeirante, mas ela não aceita por ter medo. “O mais legal disso tudo é que buscávamos alguém com uma história real, poderia ser uma atriz, só que a Dani apareceu em nossas vidas e deu todo sentido ao clipe, ela já foi eleita nossa musa”, determina o cantor.

Daniele, protagonista do vídeo, era modelo e teve sua carreira interrompida após o acidente que quase a levou à morte. Além do clipe, Sávollo também se inspirou na história da moça para que levantasse a bandeira sobre a questão da conscientização contra acidentes de trânsito.

Confira o clipe da música:

Clique aqui para assistir o vídeo inserido.

Fonte: http://www.sidneyrezende.com

Tradição indígena faz pais tirarem a vida de crianças com deficiência física

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A prática acontece em pelos menos 13 etnias indígenas do Brasil.Uma tradição comum antes mesmo de o homem branco chegar ao país. Um assunto da maior importância: o direito à vida. Você acha certo matar crianças recém-nascidos por causa de alguma deficiência física? Pois saiba que isso acontece no Brasil e não é crime. A […]
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